Os snujs ou sagats são quatro pequenos címbalos de metal, usados dois em cada mão, nos polegares e nos dedos médios das dançarinas. Dançar com snujs é um hábito dos povos gawazzy. A dançarina gawazzy sempre faz suas performances com os snujs. Mais tarde, foram levados ao palco para as evoluções de dança nas músicas clássicas, mostrando a habilidade e sincronia da dançarina com a música, os movimentos de seu corpo e os snujs.
Antigamente, eram maiores: quatro snujs (os pratos eram bem maiores) em cada mão ligados por duas “barrinhas”, com um snuj em cada uma das extremidades. O polegar se encaixava em uma das “barrinhas”e os outros dedos na outra. Assim, a mão abria e fechava e esses quatro pratos criavam um som muito agudo e muito alto. Até hoje os tuaregs usam esta versão mais antiga de snujs.
Pesquisas mostram que todos os instrumentos rítmicos e percussivos usados para a dança vieram de tempos remotos, com finalidade espiritual, na intenção de fazer com que seus ouvintes recuperassem seus ritmos internos e os harmonizassem com a natureza.
Afrescos e inscritos egípcios mostram que os faraós usavam o cistrom, um chocalho na forma da cruz ansata ou cruz da vida, com vários címbalos pequenos na sua curvatura, que era usado para espantar maus espíritos e atrair prosperidade.
O fato é que a remota origem deste instrumento ainda nos é um mistério.
(Texto sobre as mulheres percussionistas, vide Raks el Daff-Dança do Pandeiro)
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